“Eu, não sou eu, nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermédio….” Mário de Sá Carneiro
Tenho dias em que me sinto eu. Tenho dias em que me sinto o outro. Tenho dias em que não me sinto nem eu, nem o outro, nem qualquer coisa de intermédio. Não sou a ponte, nem sou as margens. Deambulo nas águas do leito vazio, encontrando cada pedra, cada seixo, que se esconde, como se estivesse à minha espera. Procuro-me em cada gesto, em cada olhar e apenas fico ainda mais perdido, à deriva… Não me encontro, nem me espero. Sou todos e não sou alguém. Revisito os lugares em que já fui, em que sei que existi, mas também já lá não estou. Nem fora, nem dentro, nem perto, nem longe. Se sou, não me vejo, não me sinto, nem me encontro.
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